Declaração de Pedro Barreiros, SG da FNE, no final da reunião com o MECI em que entregou um abaixo-assinado com mais de 4.269 assinaturas de professores/educadores reivindicando soluções para as injustiças criadas pelas ultrapassagens.
Pedro Barreiros sublinhou que "para além da entrega do documento tivemos ainda oportunidade de pedir que seja feita chegar ao Ministro da Educação, aquelas que foram as nossas propostas em sede negocial por ocasião da negociação da recuperação do tempo de serviço" questões essas que segundo o SG da FNE passam por "equiparação do topo da carreira docente ao topo de carreira técnica da administração pública; fatores de compensação para professores que não usufruíram ou beneficiaram ainda de qualquer medida de recuperação do tempo de serviço e também esta matéria especifica das ultrapassagens que hoje, de uma forma mais vincada, quisemos dar nota aqui, em virtude daquilo que é um sentimento de injustiça que é sentido por milhares de professores que em cada transição de carreira que ocorreu desde 2005 até agora, verificaram que têm colegas nas escolas com menos tempo de serviço, com avaliação inferior ou igual posicionados em escalões superiores. Nada contra estes, que estão corretamente posicionados na carreira, mas importa resolver os problemas dos outros que foram prejudicados".
Nas palavras de Pedro Barreiros "da parte do Ministério as nossas reivindicações foram atentamente ouvidas e atendendo à oportunidade que teremos a partir de 21 de outubro - no início da negociação da alteração do Estatuto da Carreira Docente (ECD) - olhar para esta questão por forma a enquadrá-la naquela que é uma alteração do próximo ECD e fazendo também garantir que esta sejam resolvida e não voltem a ser criadas novas situações de injustiças que já vêm do passado, não vêm deste governo, mas que ao olharmos para o que tem vindo a ser dito pelo atual Ministro da Educação em relação à valorização da carreira e do papel dos docentes, importa que este problema seja analisado de forma muito atenta para que possa ser resolvido o mais urgentemente possível e à semelhança do que foi o acordo celebrado entre FNE e MECI a 21 de maio, seja mais um instrumento que devolva a tranquilidade, a paz e o sentimento de justiça a todos os professores que dão o melhor de si às escolas e aos alunos".